Os diferentes tipos de negócios tendem a enfrentar desafios e momentos difíceis de tempos em tempos. Essa é uma realidade. É muito difícil encontrar empresas, por mais importantes que sejam e por maior que seja o seu impacto na sociedade, que jamais atravessaram épocas difíceis. É por isso que muitas vezes a reestruturação empresarial aparece como parte de suas histórias.
A questão é que esses desafios citados podem ser causados por inúmeros motivos. Fatores externos de mercado são exemplos, como o surgimento de uma nova concorrência, mudanças regulatórias ou até mudanças tecnológicas. Foi o que aconteceu quando os celulares passaram a disputar espaço com as antigas máquinas fotográficas.
Também podem ter origem em erros internos, como a má gestão ou ausência de investimento estratégico. De qualquer forma, em situações difíceis, a reestruturação empresarial precisa ser considerada. Ela pode ser a solução necessária para restaurar o crescimento e a rentabilidade da empresa.
O que é a reestruturação empresarial
De maneira geral, a reestruturação empresarial é um processo que envolve mudanças significativas nas estruturas:
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organizacionais;
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operacionais e;
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financeiras de uma empresa.
Esse recurso é, geralmente, acionado quando é necessário melhorar eficiência, produtividade e desempenho de um projeto empresarial. Logo, uma boa reestruturação pode se dar de diversas maneiras.
Em alguns casos, ela pode incluir a fusão ou aquisição de empresas. Em outros, fazer a reorganização dos departamentos internos, a redução de pessoal e a própria mudança de estratégia. Também é possível que uma reestruturação opte pelo redirecionamento de investimentos ou então pela simples redefinição de metas e objetivos.
No geral, a reestruturação empresarial é uma iniciativa que pode resolver problemas diferentes que existem em uma organização.
Casos famosos de reestruturação empresarial
Não é incomum que mesmo grandes projetos passem por um processo de reestruturação empresarial. Em alguns casos, é isso o que permite a eles se manterem no topo ou crescerem para superar a concorrência.
Foi o que aconteceu com a Kodak, que em meio a uma crise profunda, deu início a um processo de reestruturação no ano de 2012 que resultou em uma mudança de foco. Hoje, a empresa se concentra praticamente em tecnologias de impressão digital e serviços de imagem empresarial.
Mesmo a Ford já foi submetida a um processo de reestruturação empresarial. No ano de 2006, focando na diminuição de custos e ganho em eficiência operacional, a companhia fechou fábricas e chegou a eliminar empregos para se concentrar em veículos com um perfil mais específico.
Já a General Motors superou uma fase longa de prejuízos a partir de uma reestruturação na qual houve eliminação de marcas e diminuição da quantidade de concessionárias, além de um corte considerável de custos. Como consequência, o ano de 2009 ficou marcado como o de reconstrução da organização.
A reestruturação empresarial é para qualquer empresa?
Ela pode, sim, ser útil para qualquer empresa. A questão é a companhia conseguir compreender quais são seus principais problemas ou desafios. A partir de então, faz sentido investir numa transformação de tamanha magnitude.
O fato é que a decisão de passar por um processo de reestruturação deve ser tomada com critérios. É importante ser feita uma avaliação rigorosa do cenário atual da empresa, bem como de suas perspectivas futuras. Com a reestruturação podem ser realizadas alterações profundas tanto na estrutura da empresa quanto nos processos e no seu próprio portfólio de serviços.
Portanto, é preciso que a gestão avalie benefícios e riscos que envolvem uma reestruturação. Sendo a decisão certa a se tomar, a tendência é que esse processo permita a recuperação da saúde do negócio.
Como colocar a reestruturação empresarial em prática
Para ser realizada corretamente, a reestruturação empresarial precisa seguir algumas etapas. No geral, podemos definir 5. Da seguinte forma.
Etapa 1. Análise da situação atual da empresa
Aqui, a ideia é identificar setores problemáticos no empreendimento.
Etapa 2. Definição dos objetivos e metas
É quando a gestão entende quais são os resultados que precisam e podem ser alcançados com a reestruturação.
Etapa 3. Identificação de opções
No terceiro momento, é preciso selecionar as opções de reestruturação adequadas para o projeto. E um meio de fazer isso é considerar as informações coletadas nas etapas anteriores.
Etapa 4. Implementação de mudanças
É hora de definir qual será o plano de ação a ser usado e designar recursos para o processo ser executado com maiores chances de êxito.
Etapa 5. Monitoração do progresso
Por fim, a empresa cria meios para acompanhar e avaliar os resultados da reestruturação. Isso será essencial para ela qualificar o projeto de reestruturação.
Qual é a hora certa de fazer a reestruturação empresarial
Isso depende da empresa e da realidade que ela vive. Na maioria das vezes é possível identificar sinais que indicam a hora certa de considerar a reestruturação.
Um exemplo claro é a perda de clientes. Quando ela acontece com maior frequência, pode significar que é hora de pensar na possibilidade de reorganizar o negócio. Da mesma forma, uma diminuição significativa nas vendas e até mudanças no mercado ou no setor podem ser indicativos que uma mudanças estruturais faz sentido.
Além disso, é preciso ter atenção a:
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diminuição do market share;
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perda de competitividade provocada por inovações;
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problemas no comando da organização;
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excesso de dívidas e outras dificuldades financeiras;
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queda na eficiência e produtividade.
No fim, o importante é entender que a reestruturação empresarial pode, sim, representar uma solução para uma empresa superar determinado desafio. Para tanto, é importante que ela, primeiramente, compreenda qual é esse desafio e se organize para esse trabalho.
Com uma reestruturação bem conduzida é possível recuperar a rentabilidade e fazer o projeto crescer. Além disso, este pode ser o caminho para tornar o negócio mais competitivo e, no médio e longo prazos, sustentável.
Portanto, vale a pena ficar de olho nos sinais de que é hora de pensar na reestruturação para ter como fazer dela um diferencial.
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