Distribuição de lucros correta: como fazer a distribuição de forma saudável?
Publicado em 17/11/2022Uma boa gestão estratégica voltada para busca de melhores resultados deve fazer parte da rotina de qualquer empresa. Assim, o objetivo de aumentar os lucros é uma constante para a gestão e para os sócios de um negócio.
Porém, para que isso se torne viável, é preciso analisar minuciosamente o que acontece na contabilidade e nas finanças. Principalmente no que diz respeito a distribuição de lucros. Será que você tem feito isso da maneira correta?
Afinal, a prática de retirar lucros é comum entre os sócios, porém existem alguns detalhes a se atentar referente aos dividendos.
Para garantir que você saiba o essencial sobre essa parte tão importante para o sucesso do seu negócio, nós preparamos este artigo com tudo o que você precisa saber sobre o assunto.
Como a distribuição de lucros funciona?
A distribuição de lucros da empresa é uma forma muito comum de remunerar os sócios que se dedicam a ela. Nesse sentido, os acionistas e investidores do negócio também possuem o direito de participar dessa distribuição.
Afinal, quando uma pessoa investe no seu negócio, seja um sócio, acionista ou investidor, ela o faz porque acredita que empreendimento trará resultados. Por isso, ela sempre irá esperar usufruir do lucro obtido.
Dessa forma, a distribuição de lucros funciona como a remuneração que corresponde à participação das pessoas envolvidas na criação ou na evolução financeira do negócio. A base para esse pagamento é a lucratividade de um determinado período.
Porém, um erro muito comum que acomete em muitas empresas é a confusão entre distribuição de lucros e pró-labore.
Pró-labore x distribuição de lucros: quais são as principais diferenças?
O pró-labore é uma remuneração mensal paga pelas empresas aos seus sócios pelos serviços prestados por eles no gerenciamento dos negócios.
Ou seja, o pró-labore funciona como um salário mensal dos sócios, incidindo sobre eles a Contribuição Previdenciária (INSS) com alíquota de 11% e o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), cuja alíquota pode chegar a 27,50%.
Sendo assim, as empresas podem determinar livremente o valor do pró-labore, ou seja, da remuneração mensal de cada sócio, desde que ela não seja inferior ao salário mínimo nacional.
Já a distribuição de lucros, como já vimos, está relacionado a remuneração do investidor, aquele que investiu assumindo os riscos da empresa e que, trabalhando ou não, deve receber o lucro proporcionalmente à sua participação.
O pró-labore precisa ser pago periodicamente, independentemente dos resultados da empresa (lucro ou prejuízo). Assim, vale destacar não haver incidência de INSS e Imposto de Renda sobre a distribuição de lucros e dividendos.
Como fazer a distribuição de lucros de forma correta?
1. Faça a análise do contrato social
Para começar a distribuir os lucros é necessário que você faça a consulta sobre o que diz o contrato social. Esse é o contrato firmado em Cartório de Registro de Pessoa Jurídica ou na Junta Comercial do Estado entre todos os sócios interessados no investimento aplicado.
Através dele que foi feita a definição, por exemplo, da quantia que cada sócio irá receber. Vale ressaltar que no contrato também pode ser definida a distribuição como desproporcional. Assim, um sócio irá receber uma quantia maior do que o outro sócio, mesmo que a cota de capital deles seja igual.
2. Separe o capital de giro
O capital de giro é uma parte do investimento destinado a reserva para recursos que podem ser usados com a finalidade de suprir as necessidades financeiras de sua empresa ao longo do tempo.
Por isso, a distribuição de lucros precisa se atentar aos valores necessários na manutenção das suas operações. Assim, a distribuição não pode afetar a capacidade de funcionamento da empresa. Se isso ocorrer, a perda no controle das finanças empresariais será muito provável.
3. Aposte em investimentos
Não esqueça também de olhar para as possibilidades de investimento com muita atenção. Pois, ele pode modernizar seu negócio, ajudar em seu crescimento, aproveitar uma promoção de matéria-prima ou até mesmo investir em um maior reconhecimento de mercado.
Por isso, quando estiver montando o planejamento estratégico anual da empresa, destine um montante para esse investimento e avalie as opções de como e onde alocar esse dinheiro.
4. Defina a periodicidade
Geralmente, a distribuição de lucros é feita de forma anual, trimestral ou mensal. A periodicidade também está definida no contrato social. Caso ainda não tenha sido feita essa definição, a distribuição deverá ser feita no fim do balanço anual, mas somente se houver obtenção de lucro.
5. Atenção ao cálculo
Quando a divisão de lucros é baseada na lucratividade do negócio, o primeiro ponto é descobrir os valores de lucro bruto e líquido apurados no período.
Para isso, você pode optar entre duas fórmulas, sendo:
- Lucro bruto = receitas – despesas
- Lucro líquido = lucro bruto – impostos
6. Procure apoio profissional
Importante frisar que você só conseguirá fazer a distribuição de lucros se tiver uma escrituração contábil que demonstre o lucro gerado no período.
Para isso, é preciso considerar a complexidade de documentos e demonstrações para fins fiscais. O ideal é que possa contar com um contador de confiança para apurar os lucros mais corretamente.
Uma vez que tenha o cálculo do lucro do período definido em contrato, você já pode realizar a distribuição. Basta aplicar o percentual de cada sócio, também acordado inicialmente, sobre o valor total.
Conclusão
Agora você certamente já conseguiu entender o necessário sobre o funcionamento da distribuição de lucro e como ele deve ser feito na sua empresa para manter a saúde do seu negócio.
O mais importante é que você possa contar com o apoio de profissionais contábeis qualificados para lidar com a gestão financeira do seu negócio.
Com um atendimento contábil com uma postura consultiva, fica muito mais fácil garantir o crescimento da sua empresa. Aqui na Mapah, nosso time está constantemente atualizado e pronto para compartilhar conhecimento e gerar visões que vão fazer diferença para o negócio.